O presidente estadual do PSDB, Waldyr Pugliesi, disse que não vê motivos para o ex-governador Orlando Pessuti deixar o PMDB. “Quando temos dificuldades, temos que enfrentá-las. O partido não gostaria de vê-lo fora. Não posso acreditar nesta possibilidade”, disse o dirigente do PMDB que, a exemplo dos demais deputados estaduais do partido, está afastado do ex-governador, que discordou do apoio da bancada ao governo Beto Richa (PSDB).
Inconformado com os rumos do partido no estado, Pessuti está ameaçando deixar a sigla. Para Pugliesi, a adesão da bancada ao governo não justificaria a saída de Pessuti. ” Todos os partidos estão tendo um problema de identidade hoje em dia. Quando vemos determinadas alianças, muitas vezes a gente nem acredita. Até para dar governabilidade ao Lula, o PT teve que fazer aliança com a extrema-direita”, comentou.
Para Pugliesi, a “adesão” é o de menos no percurso peemedebista. Ele alegou que a aproximação com o PSDB foi o caminho que restou aos deputados para não perder toda a base de prefeitos e vereadores que estavam migrando para os partidos aliados ao governo.
Mesmo os deputados estavam se movimentando para deixar a sigla, afirmou Pugliesi, apontando a falta de expectativa de poder do PMDB como a razão para o anunciado êxodo. “A bancada não seria de treze deputados se não abríssemos o diálogo com o PSDB”, comentou o presidente do partido. Alguns deputados manifestaram a intenção de seguir para o PSD, a nova sigla onde é possível se filiar sem perder o mandato.