Com 20 discursos na tribuna do Senado durante a sessão que analisa a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, apenas três senadores se posicionaram a favor da presidente. Os outros 17 senadores mostraram que serão favoráveis à abertura do processo.

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Caso a votação, que deve acontecer mais tarde, mantenha esse ritmo, a presidente Dilma Rousseff será afastada do cargo por até 180 dias, para que a Casa analise sua saída definitiva.

Até o momento, 69 senadores se inscreveram para falar. O ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, que deixou o cargo para defender a presidente no Senado, será o 37º a falar. Já o ex-presidente Fernando Collor de Mello, que enfrentou um processo semelhante, será o 38º.

Há uma expectativa de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), interrompa novamente a sessão por mais 1 hora às 18h. Na hora do almoço, a sessão foi suspensa por quase 2 horas. Renan já havia informado que seguiria esse procedimento.

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Durante a sessão, o presidente da Casa tentou agilizar o processo para viabilizar uma votação mais rápida do processo. Renan sugeriu reduzir o tempo de cada senador para 10 minutos, mas o líder do governo Humberto Costa (PT-PE) se mostrou contra. “Não cabe a mim nem adiantar e nem atrasar o relógio da história. Hoje teremos uma decisão da admissibilidade do impeachment”, disse garantindo que haverá uma decisão ainda hoje.

Durante toda a sessão que ainda está sendo realizada, cada senador se pronunciou por 15 minutos. Durante as falas, Renan foi duro e não liberou tempo extra para nenhum dos parlamentares.

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Os 17 senadores que já anunciaram posicionamento pela abertura do processo são: Ana Amélia (PP-RS), José Medeiros (PSD-MT), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Marta Suplicy (PMDB-SP), Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Zezé Perrela (PTB-MG), Lúcia Vânia (PSB-GO), Magno Malta (PR-ES), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Romário (PSB-RJ), Sérgio Petecão (PSD-AC), Dário Berger (PMDB-SC), Simone Tebet (PMDB-MS), Cristovam Buarque (PPS-DF), José Maranhão (PMDB-PB) e José Agripino (DEM-RN).

Apenas os senadores Telmário (PDT-RR), Ângela Portela (PT-RR) e Jorge Viana (PT-AC) se posicionaram a favor da presidente.