Dos 54 deputados estaduais, apenas quatro não se inscreveram para a disputa eleitoral de outubro. Outros três vão tentar vaga na Câmara dos Deputados. Os demais são candidatos à reeleição.
No último dia do prazo para pedido de registro de candidaturas na Justiça Eleitoral, Antonio Anibelli (PMDB), Dobrandino da Silva (PMDB), Jocelito Canto (PTB) e Pedro Ivo Ilkiv (PT) estão fora da lista dos inscritos.
Luiz Nishimori (PSDB), Rosane Ferreira (PV) e Cida Borghetti (PP) pediram registro para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Nishimori e Rosane terminam em fevereiro do ano que vem seus primeiros mandatos na Assembleia Legislativa. Já Cida está no segundo mandato e, desta vez, vai ocupar o espaço deixado pelo marido, deputado federal Ricardo Barros, candidato ao Senado pelo PP.
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Dobrandino deixa herdeiro. |
Entre os que se despedem da carreira política, pelo menos por enquanto, Anibelli é o que teve o maior número de mandatos. Foi duas vezes deputado federal e exerce o sexto mandato como deputado estadual.
Vai tentar deixar como herdeiro o filho, Antonio Anibelli Neto, o terceiro de uma linhagem de políticos que começou com o avô, um dos ex-presidentes da Assembleia Legislativa. Anibelli Neto está na lista de candidatos do PMDB à Assembleia Legislativa.
Dobrandino da Silva também se retira da disputa, mas deixa um herdeiro na corrida eleitoral. Sâmis da Silva, ex-prefeito de Foz do Iguaçu, é candidato a uma cadeira de deputado estadual pelo PSDB. Dobrandino vai se dedicar à campanha eleitoral do filho.
Dobrandino também tem pendências judiciais da época em que foi prefeito de Foz do Iguaçu e teria dificuldades em passar pelo crivo da lei dos candidatos fichas limpas.
O mesmo obstáculo apontado por Jocelito Canto para não concorrer este ano. Quando anunciou que não iria disputar um novo mandato, Jocelito Canto reconheceu que teria problemas para obter o registro. Ele já tem uma condenação por improbidade administrativa quando prefeito de Ponta Grossa.
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Anibelli: seis mandatos. |
Prevenido
O deputado Luiz Fernandes Litro (PSDB) apresentou seu pedido de registro de candidatura ao partido. Mas como também é réu em uma ação que o acusa de improbidade administrativa no Superior Tribunal de Justiça, Litro inscreveu também a esposa, Rosemari Coletti.
Se a Justiça Eleitoral negar registro, dona Rosemari assume a candidatura à Assembleia Legislativa. A acusação contra Litro remonta ao seu mandato de vereador, em Dois Vizinhos, no Sudoeste do Estado, entre 1993 e 1996. Ele foi denunciado junto com outros doze vereadores por aumento irregular de salários.