O governador Roberto Requião poderá ser apontado amanhã, como pré-candidato à presidência da República, no encontro em Curitiba para discutir candidatura própria do PMDB à sucessão do presidente Lula (PT).

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Requião já cogitou a possibilidade de entrar na disputa em outras ocasiões, mas sempre impôs a condição de, antes, o partido preparar um plano de governo. O governador do Paraná convidou o advogado e professor Mangabeira Unger para apresentar as principais linhas de um programa de governo peemedebista.

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Pugliesi: calma com o andor.

Ciente de que Requião, entretanto, poderá cair numa armadilha, montada pela ala peemedebista pró-PSDB, que busca um jeito de atrapalhar o pré-acordo entre a cúpula do PMDB e Lula para 2010, o presidente estadual do partido, Waldyr Pugliesi, disse que as análises não podem ser ingênuas.

Conhecido pela sua simpatia à candidatura do paulista José Serra (PSDB), o senador gaúcho, Pedro Simon, foi um dos que passaram a defender a candidatura do governador do Paraná.

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“O pessoal de fora acha que nós estamos organizando essa discussão para lançar o Requião. Esta não é a finalidade do encontro. Desde o início, a proposta é debater um plano de governo”, comentou Pugliesi.

Ao convocar lideranças do partido de todos os estados para vir ao Paraná, a intenção do PMDB e de Requião é mudar o foco da discussão, garantiu Pugliesi. “Ao invés de ficarmos discutindo se é melhor ser vice da Dilma (Rousseff, ministra da Casa Civil), ou do Serra, vamos discutir a elaboração de um programa”, afirmou.

Geraldo Magela/Agência Senado
Simon: tudo menos o PT.
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Para o grupo de peemedebistas do Paraná, que gostaria de ver o partido não apenas apoiando uma candidatura presidencial tucana, mas também subindo ao palanque de um candidato ao governo do PSDB em 2010, a hora seria propícia para afastar Requião do PT.

Além da aproximação do PT do Paraná com o senador Osmar Dias (PDT), execrada por Requião, o governador ainda teria outros motivos de insatisfação com o aliado Lula.

Requião está há dias tentando marcar audiência com o presidente para discutir questões administrativas, mas o encontro ainda não foi marcado. Uma das questões que Requião pretendia discutir com Lula era sobre a venda das ações da Previ, a caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, nos terminais Ponta do Félix, em Antonina.

Os ex-governadores Orestes Quércia (SP) e Germano Rigotto (RS), os governadores Luiz Henrique (SC) e André Puccinelli (MS), os senadores Pedro Simon (RS) e Renan Calheiros (AL) e os prefeitos Íris Rezende (Goiânia) e José Fogaça (Porto Alegre) estão entre as lideranças do PMDB que confirmaram presença no encontro nacional do partido amanhã, segundo a assessoria de imprensa do PMDB . Também devem comparecer representantes de 15 diretórios regionais e 12 diretórios peemedebistas de capitais.