O presidente do PMDB fluminense, Anthony Garotinho, pedirá amanhã (11) a anulação do julgamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que por cinco dos seis votos decidiu pela inelegibilidade dele e da mulher, a ex-governador Rosinha Matheus, por três anos. Eles são acusados de trocar a pavimentação de ruas em Sapucaia, região centro-sul fluminense, por apoio político. De acordo com Garotinho, o juiz relator do processo, o advogado Marcio André Mendes Costa, deveria ter se declarado impedido de votar no processo porque seu escritório defende a prefeitura de Niterói, administrada pelo petista Godofredo Pinto.
"Eu pergunto: ele poderia ser juiz do tribunal eleitoral e continuar advogando? Ele não teria que se dar por impedido no meu caso já que publicamente sou adversário ferrenho do PT?", indagou Garotinho. "Não tenha dúvida de que foi um julgamento político".
O ex-governador apresentou cópia do documento em que a prefeitura contratou o escritório Mendes Costa para prestar assessoria jurídica, por R$ 2,6 milhões anuais, em 2005. O primeiro aditamento, datado de fevereiro de 2006, é assinado por Mendes Costa. O último, de fevereiro de 2007, não têm assinaturas. Garotinho apresentou apenas a publicação no Diário Oficial.