O corpo do ex-governador de São Paulo Alberto Goldman (PSDB) foi enterrado às 16h desta segunda-feira, 2, no Cemitério Israelita do Butantã, na zona oeste da capital paulista. Antes do enterro, Flávio, um dos cinco filhos do ex-governador, disse que o pai demonstrava indignação com os “retrocessos” políticos no Brasil até os últimos dias de vida.
“Ele indignava-se e revoltava-se inclusive com a situação trágica de retrocessos que vivemos hoje no Brasil”, disse Flávio, ao se despedir do pai. A pedido da família, o sepultamento teve uma cerimônia breve conduzida pelo rabino Yossi Alpern. O corpo estava cercado por amigos e parentes.
O senador José Serra (PSDB-SP), os ex-vereadores da capital Andrea Matarazzo (PSD) e Nabil Bondouki (PT) e o vereador José Rolim (PSDB) eram os únicos políticos presentes. A maior parte das autoridades se despediu de Alberto Goldman mais cedo, no velório.
Serra ressaltou que a ausência do ex-governador de São Paulo é ainda mais sentida no momento em que o PSDB passa por mudanças radicais com o governador João Doria, desafeto de Alberto Goldman. “Ele foi um grande homem público, um batalhador na luta pela redemocratização e por um novo desenvolvimento do Brasil. Neste momento do PSDB e do Brasil, vai fazer mais falta ainda”, disse. Goldman, que tinha 81 anos, estava internado no Hospital Sírio-Libanês, onde passou por cirurgia em função de uma hemorragia no cérebro, mas não resistiu.