Em nova frente de investigação, a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba apura o envolvimento de Rogério Manso em um esquema de pagamento de propina na área de compra e venda (trading) de combustíveis e derivados de petróleo da Petrobras. Manso antecedeu Paulo Roberto Costa, um dos primeiros delatores da Lava Jato, na Diretoria de Abastecimento da estatal.

continua após a publicidade

Ele foi apontado por delatores como um nome “do PSDB” na diretoria, mas que teria atuado também para captar dinheiro para campanhas de petistas. O ex-diretor rechaça as acusações.

continua após a publicidade

O inquérito foi instaurado em 29 de agosto de 2016 pela delegada Erika Mialik Marena para apurar suspeitas de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa e tem como investigados, além de Manso, o ex-braço direito de Paulo Roberto Costa, José Raimundo Brandão Pereira, e o executivo Mariano Marcondes Ferraz – preso preventivamente no ano passado pela Lava Jato.

continua após a publicidade

Também são investigadas duas empresas multinacionais que mantiveram negócios com a Petrobras na área de trading.

Na portaria que determinou a abertura do inquérito, a delegada Erika apontou a suspeita de pagamento de propinas “em data inicial possivelmente anterior ao ano de 2004 e que se seguiu possivelmente até 2012”.

As citações a Manso surgiram nas delações premiadas de outro ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, da área Internacional, e do ex-senador e também ex-diretor da estatal Delcídio Amaral.

Procurado pela reportagem, Manso disse que não tem conhecimento sobre o inquérito. Ele afirma que jamais cometeu irregularidades em sua carreira. “Jamais realizei ou permiti que alguém realizasse qualquer ato ilícito que pudesse prejudicar a Companhia a que servi, com orgulho, durante 28 anos.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.