Em nota divulgada na quinta-feira, 22, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) condenou declarações do presidente Jair Bolsonaro com novos ataques à imprensa. Bolsonaro disse que a imprensa “está acabando” e que o jornal Valor Econômico, especializado na publicação de informações econômicas e financeiras, “vai fechar” como resultado da decisão de dispensar as empresas de capital aberto de divulgar seus balanços em jornais.

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“O presidente ignora mais uma vez a relevância da atividade jornalística, sobretudo em uma era em que a desinformação e o sectarismo transbordam de redes sociais e manifestações oficias”, disse a ANJ, que ainda classificou as declarações como “equivocadas”.

Ao prever o fim da imprensa, Bolsonaro também disse que isso ajudaria a diminuir o desmatamento, “porque papel vem de árvores”. Sobre a afirmação, a entidade ressalvou que “todo o papel da imprensa provem de florestas renováveis”.

O comentário do presidente foi feito em encontro com representantes da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão, no Palácio do Planalto. “Sabe o que eu posso fazer? Chamo o presidente da Petrobrás aqui e digo: ‘Vem cá, (Roberto) Castello Branco. Você vai mostrar seu balancete este ano no jornal O Globo'”, disse ele.

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“Posso fazer ou não? Vinte páginas de jornais para isso. E o jornal Valor Econômico, que é da Globo, vai fechar. Não devia falar? Não devia falar, mas qual é o problema? Será que eu vou ser um presidente politicamente correto?”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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