Apenas um dos doze deputados estaduais peemedebistas se posicionou contra a adesão da bancada à base aliada do governador Beto Richa (PSDB). A posição ainda não é oficial, mas em reunião na manhã desta segunda-feira, 15, à exceção de Antonio Anibelli Neto, os demais se mostraram dispostos a apoiar o governo.
Anibelli Neto disse que prefere ser independente em plenário. “Não quero ser taxado nem de oposição nem de situação. Aredito nas políticas públicas propostas pelo PMDB. Quando vier alguma proposta do governo que seja a favor ao que eu acredito, voto a favor. Quando vier contra, voto contra. A minha consciência está em primeiro lugar”, afirmou.
O peemedebista afirmou que, antes de se definir, conversou com o senador Roberto Requião e outras lideranças do partido. Ao contrário dos demais deputados, que já sinalizam apoio a Beto para a reeleição em 2014, Anibelli Neto acha que a posição na sucessão estadual é um processo mais complexo. “O governador vai ter que conquistar gradativamente os apoios. Eu, por exemplo, acho que o Requião deve ser candidato ao governo em 2014”, afirmou.
Salvação
O deputado estadual Nereu Moura disse que o caso de Anibelli terá que ser avaliado já que a bancada havia definido que todos se submeteriam à decisão da maioria. “Nós decidimos que iria prevalecer a posição da maioria. Acho que ele terá de se enquadrar”, disse.
Os deputados do PMDB estão ignorando as posições contrárias, como a de Requião e do ex-governador Orlando Pessuti que criticou o adesismo no partido. Requião, por sua vez, já citou a possibilidade de o diretório nacional do partido interferir na decisão da bancada. “O Pessuti está empregado no governo federal e está falando em nome próprio. Já o Requião não vai ser escutado a nível nacional. Ele é indisciplinado lá”, observou Moura, referindo-se aos conflitos de Requião, que não segue as orientações do partido nas votações do Congresso Nacional.