O líder da bancada estadual do PMDB, deputado Antonio Anibelli, disse ontem que o deputado estadual Geraldo Cartário não fará falta ao partido na Assembléia Legislativa. ?Um deputado que deu um título de cidadão honorário ao Severino Cavalcanti, e reuniu toda a Assembléia para a solenidade, não merece o apreço dos peemedebistas?, atacou Anibelli.
Ele se referia ao folclórico ex-presidente da Câmara dos Deputados, que foi declarado cidadão honorário do Paraná por força de um projeto de iniciativa de Cartário, quando ainda estava filiado ao PP, antes de ingressar no PMDB. Anibelli afirmou que se Cartário não tivesse tomado a iniciativa de deixar o partido, seria expulso, já que é acusado de ter apoiado a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo contra Requião.
?Ele traiu o governador Roberto Requião na eleição e seria inevitavelmente expulso, caso permanecesse no partido?, afirmou o líder da bancada do PMDB, que considerou desrespeitosa a justificativa apresentada por Cartário para deixar o partido.
O ex-peemedebista afirmou que decidiu sair do PMDB por não encontrar espaço na sigla para disputar a prefeitura de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, no próximo ano. Cartário alegou também que sua filiação ao partido do governador não beneficiou suas bases eleitorais. ?Ele desrespeitou o governador, os colegas de Assembléia Legislativa e a base do PMDB de Fazenda Rio grande?, reagiu o líder da bancada.
Anibelli destacou ainda que o deputado Geraldo Cartário está com sua reeleição ameaçada por uma ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele teve seu registro de candidatura impugnado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que decretou sua inelegibilidade por três anos, após analisar denúncia sobre uso irregular dos meios de comunicação na campanha eleitoral de Cartário. O deputado obteve uma liminar, suspendendo a sentença, mas o mérito ainda não foi julgado pelo TSE.
