O deputado federal José Aníbal, líder do PSDB na Câmara Federal, acusou o ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), e sua filha, a deputada federal Luciana Genro (PSOL), de estarem por trás dos protestos que o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do Rio Grande do Sul (FSPE/RS) vem fazendo contra a governadora Yeda Crusius (PSDB) nos últimos meses. Também afirmou que a mobilização “é orquestração política para 2010”, quando o petista vai disputar o governo gaúcho e terá entre seus adversários a tucana, que buscará a reeleição.
De Genebra, na Suíça, onde participava de uma reunião da União Interparlamentar, o tucano passou mensagens à imprensa brasileira demonstrando indignação com o protesto de ontem, quando cerca de 200 manifestantes ficaram diante da casa da governadora e foram afastados de lá pela Brigada Militar (a polícia militar no Estado), que chegou a deter seis deles por desacato à autoridade.
“Tudo isso está sendo articulado pelo ministro Tarso Genro e sua filha Luciana, essa desequilibrada que foi desautorizada pelo seu próprio líder na Câmara, deputado Ivan Valente”, afirmou, fazendo referências a recente desentendimento entre os dois integrantes do PSOL. “A família Genro opera incansavelmente para tentar desmoralizar Yeda e não tem limite em suas ações”, prosseguiu.
“Enviar um grupo de celerados para a frente da casa da governadora é desrespeito às instituições do Rio Grande do Sul e à democracia brasileira, mas a família Genro não tem apreço pela democracia”, disparou, sem apresentar provas da conexão que diz existir.
Tarso foi informado das acusações de Aníbal, mas preferiu não comentá-las, alegando que a manifestação do deputado era de nível muito baixo. Luciana considerou o tucano “tão desqualificado em seus argumentos que nem mereceria resposta”. Mesmo assim, fez alguns comentários sobre o caso. “Se ele acha que há conspiração, tem que incluir a viúva do Marcelo Cavalcante (Magda Koenigkan), o Lair Ferst, o vice-governador Paulo Afonso Feijó, que é do DEM, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal”, arrolou, referindo-se a ex-assessores, pessoas que já foram próximas a Yeda e instituições que fizeram acusações ou teriam provas de irregularidades cometidas por Yeda na campanha política de 2006 e em sua gestão.