A empreiteira Andrade Gutierrez assinou acordo de leniência com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU) no valor de R$ 1,489 bilhão. Desse montante, R$ 875 milhões correspondem a lucros obtidos ilegalmente, R$ 328 milhões equivalem à propina e os R$ 286 milhões restantes correspondem a uma multa administrativa. Segundo a AGU, o valor a ser pago pela construtora será dividido em 16 anos e terá correção pela taxa Selic a partir de agosto de 2019.
“O acordo de leniência traz as respostas que a sociedade tanto precisa”, afirmou a ministra da AGU, Grace Mendonça, ao anunciar o acordo de leniência.
Ela avalia que a devolução de R$ 328 milhões pelo pagamento de propina “mostra que as instituições brasileiras são capazes de se organizar por soluções eficazes”. Para a ministra, o Brasil não está mais atrás de outros países no uso de acordos de leniência como ferramenta de punição e investigação.
O ministro da CGU, Wagner Rosário, disse que o novo acordo é apenas mais um passo no esforço para o combate à corrupção. “Não é o fim. É o início de um trabalho árduo de combate à corrupção. Cada vez mais vamos trabalhar conjuntamente com outros órgãos para ressarcir o erário público”, disse Rosário.