O governador reeleito de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), disse hoje ser favorável à instituição de um novo tributo para custear a Saúde, em substituição à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O tucano, porém, reiterou que se trata de uma matéria do Congresso Nacional, onde o governo federal tem ampla maioria, cabendo a ele conduzir essas negociações.
Anastasia observou que, quando da queda da CPMF no Senado, a “maioria esmagadora” dos governadores do País se posicionou a favor da manutenção da contribuição. Para ele, a liderança nessa discussão caberá à presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), tendo em vista que se trata de um tributo federal.
“Há sempre a necessidade de nós termos um financiamento para a saúde. A saúde é a chamada política pública de demanda infinita, como eu sempre disse. Ou seja, (de) necessidade permanente de investimentos”, afirmou o governador.
De acordo com Anastasia, as negociações devem levar em conta o aperfeiçoamento do modelo anterior. “Todo tipo de tributo merece aperfeiçoamento permanentemente”, afirmou. “Nós não nos furtamos a discutir sempre com muito empenho.”
O governador e o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) estiveram no início desta tarde no santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG), onde agradeceram a vitória nas eleições.
Viana
O governador eleito do Acre, Tião Viana (PT), é um dos futuros gestores estaduais favorável a cobrança da CPMF. Como argumento de seu ponto de vista, Tião Viana avalia que o fim do imposto foi um grave erro político da oposição para com a saúde pública do Brasil. O eleito afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria transferir todo recurso do imposto para a saúde pública brasileira.
“Foi uma redução de R$ 120 bilhões que seriam importantes investimentos. O que for feito em termos de melhorar a saúde pública no Brasil, eu sou a favor. Inclusive porque a CPMF era um imposto que não sacrificava o povo brasileiro”, concluiu.