O relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, senador Antônio Anastasia, disse há pouco que seu parecer, que será apreciado nesta terça-feira, 9, em plenário, trata apenas de questões de gestão orçamentária, e não da temática política e partidária.
Ao chegar ao Senado, o parlamentar foi questionado se a suposta presença do nome do presidente em exercício Michel Temer em delação premiada negociada pela empreiteira Odebrecht prejudicaria o processo. Isso porque parlamentares argumentam que vão votar contra Dilma pelo “conjunto da obra”, incluindo denúncias no caso de corrupção da Petrobras.
“O processo se refere a decretos e pedaladas. São crimes de responsabilidade relacionados ao tema orçamentário. Não entramos e nenhum aspecto de questões políticas e partidárias”, disse.
Um dos autores do pedido de impeachment, o jurista Miguel Reale Jr., chegou no início da manhã ao Senado. Ele defendeu que denúncias do chamado ‘petrolão’ deveriam ter sido parte do processo. Segundo ele, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), retirou a parte do processo que trata da Petrobras por também estar envolvido em denúncias.
Reale demonstrou confiança na aprovação do relatório que pede o impedimento da petista. “Os elementos de provas são acachapantes conta a presidente Dilma, os fatos não são isolados. Houve uma ocultação deliberada, consciente das finanças públicas”, afirmou.
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