A presidente Dilma Rousseff abrirá um escritório da Presidência da República em Belo Horizonte, na terra de Aécio Neves, principal nome da oposição citado para eventual candidatura ao Planalto. O anúncio foi feito ao governador de Minas Gerais, o tucano Antonio Anastasia, que esteve hoje com a presidente Dilma, no Palácio do Planalto. “Será muito bom para o Estado”, disse ele, acrescentando que convidou a presidente para ser oradora oficial em uma cerimônia que ocorrerá em Ouro Preto, no dia 21 de abril, e que ela aceitou o convite.

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Anastasia minimizou o fato deter sido o primeiro governador a ser recebido oficialmente por Dilma, apesar de ser da oposição. Ele destacou a importância do “entendimento entre os entes federativos”. O governador mineiro evitou classificar a oposição feita pelo PSDB ao governo petista como “light”, justificando que “é no Parlamento onde ela a oposição se manifesta de maneira sempre mais aguda e mais presente”. Segundo ele, “o governo federal precisa dos Estados e os Estados precisam do governo federal”.

O escritório de Belo Horizonte será o segundo da Presidência da República fora de Brasília. Atualmente há uma representação oficial da Presidência em São Paulo, que funciona na Avenida Paulista, em instalações do Banco do Brasil. No Rio, há apenas um representante, ligado à Secretaria Geral, que fica hospedado na Caixa Econômica Federal.

De acordo com interlocutores do Planalto, a presidente Dilma considera que tem duas casas: uma em Minas e outra no Rio Grande do Sul. Por isso ela acha necessário ter uma pequena estrutura montada para trabalho quando estiver em Belo Horizonte. No Rio Grande do Sul, embora não exista um escritório de representação, uma estrutura já está sendo montada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para atender não só a presidente como a sua filha, que agora, por lei, tem de ser protegida pelo Estado. Com isso, é possível que também um escritório de trabalho seja montado em Porto Alegre.

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