O psicólogo e analista de pesquisa Bruno Ricardo de Souza Lopes, diretor dos Serviços de Arbitragem e Mediação do Sescap-PR (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná) garante que as pesquisas não influenciam diretamente na escolha do eleitor na hora de votar. Para ele, algumas pessoas não querem perder o voto, “mas isso acontece com ou sem pesquisa de opinião. As pesquisas refletem o que o eleitor já está pensando e não o que o eleitor vai pensar”, afirma. Lopes entende que a população tem outros meios de saber quem tem mais chance de vencer as eleições.
As pesquisas representam grandes números e dados específicos com características da população pesquisada. “A pesquisa é uma amostra reduzida do todo. Por isso, a qualidade da pesquisa é muito mais importante do que a quantidade”, garante o analista. Ainda nessa linha, ele diz que a pesquisa não adivinha nada, mas identifica o que o eleitor está pensando naquele momento. Esse fator causa muita discussão sobre o resultados apresentado nas pesquisas e o resultado final das eleições. “Muita gente faz uma pesquisa e acha que ela é definitiva. É preciso fazer várias pesquisas para acompanhar a evolução do pensamento do eleitor até o momento da votação”, encerra.
Sobre críticas e calunias de adversários contra adversários, Bruno Ricardo acredita que essa prática prejudica muito mais o autor do que o alvo. Essa definição depende muito do momento em que as informações são veiculadas na mídia. “Se existir tempo para a defesa, o maior prejudicado é quem fez a denúncia. Quando os dados são apresentados poucos dias antes da votação, podem surtir efeito”, afirma Ricardo.