O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reagiu hoje com desdém às declarações feitas esta semana pelo secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, sobre o chanceler israelense, Avigdor Lieberman. Pomar acusou Lieberman, que visitou o Brasil nos últimos dois dias, de “racista e fascista”, numa entrevista publicada pelo jornal israelense “Haaretz”. “Se eu fosse ficar incomodado com tudo que se fala nesse País, inclusive quando vêm outros visitantes, quando estão para vir outros visitantes, eu não saía da minha sala”, ironizou Amorim.
Segundo ele, Lieberman, que se encontrou hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não comentou em nenhum momento as declarações do petista. O ministro ressaltou que o Brasil é um país “plural, com uma ampla gama de opiniões” e cabe ao governo brasileiro estabelecer o diálogo com os diferentes governos. “Nós não escolhemos nossos interlocutores por uma definição ideológica”, afirmou Amorim.