"ATO MIDIÁTICO"

Amapar critica CNJ por divulgar processos abertos contra juízes

Apesar de criticar a divulgação por parte do CNJ da relação de processos administrativos contra juízes no Brasil, o presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), Gil Guerra, disse que os números (1.090 processos, dos quais 10 no Paraná) mostram a qualidade da magistratura brasileira e a desnecessidade de uma intervenção do CNJ nos processos administrativos, como prevê a resolução contestada judicialmente pela Associação dos Magistrados do Brasil.

“O relatório mostra que as corregedorias estaduais estão funcionando, que há processos contra juízes, já que nenhuma profissão está livre de profissionais que desonrem o compromisso. Mas mil processos, alguns contra o mesmo juiz, em um universo de 25 mil, não é um número alto, e mostra que a magistratura, na sua grande maioria, é séria e ética”, disse.

O presidente da associação disse conhecer praticamente todos os processos contra os magistrados paranaenses e garantiu que a grande maioria dos processos não é por questões disciplinares e, muito menos, por crimes cometidos.

“Dos processos que tenho conhecimento, todos são por questões administrativas, por problemas na gestão da vara. Juízes que, por algum motivo, atrasaram processos e isso gera um inquérito da Corregedoria automaticamente”, disse.

Guerra classificou a divulgação da relação como desnecessária, “um ato midiático que em nada colabora para a melhoria e a celeridade da Justiça. Os processo administrativos são internos, não são públicos. Essas informações só deveriam ser divulgadas se um juiz fosse condenado ou passasse a responder algum processo judicial. Por enquanto, eles são, apenas, investigados”, disse.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna