Convencida de que precisava concentrar todas as suas forças na busca de votos dos indecisos ou a convencer parlamentares a se ausentarem do plenário da Câmara, neste domingo, 17, na hora da votação da admissibilidade do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff decidiu cancelar a ida ao acampamento de representantes dos movimentos sociais, no Ginásio Nilson Nélson, em Brasília, onde agradeceria o apoio e pediria mobilização contra o seu afastamento. “Era preciso gastar energia com quem vai decidir”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o ministro-chefe de gabinete de Dilma, Jaques Wagner, assegurando que “o clima está bem melhor”.

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Um quartel-general contra o impeachment acabou sendo montado no Palácio da Alvorada, com várias frentes de atuação, na divisão de tarefas entre a presidente, ministros e vários assessores. Dilma passou o dia no Palácio da Alvorada recebendo ministros, deputados, líderes partidários e governadores. O foco foram os candidatos a prefeito e integrantes de partidos “nanicos”.

Ela também falou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem repassou a tabela de votos. Dilma, com apoio de ministros e governadores de pelo menos cinco Estados, concentrou suas investidas nos deputados das regiões Norte e Nordeste. Pelo placar do governo o Planalto teria pelo menos 179, sete a mais que o mínimo necessário. Mas, com segurança, conta mesmo é com 140 votos, segundo apurou o Estado.

Estavam no Alvorada nesse sábado, 16, o ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, os governadores petistas do Piauí, Welington Dias, Camilo Santana, do Ceará, e Tião Viana, do Acre, além do ex-governador Cid Gomes (PDT). “Obrigada pela força”, “não podemos descansar” e “estejam certos que vamos vencer”, tem reiterado a presidente em conversa com parlamentares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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