Sob a faxina da presidente Dilma Rousseff, a área de transportes deixou de cumprir metas importantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O balanço sobre a evolução do programa nos primeiros seis meses do novo governo será divulgado hoje.
A frustração mais conhecida ocorreu no projeto do trem de alta velocidade, cujo leilão deveria ter sido feito em 29 de abril, segundo meta estabelecida no 11.º balanço do PAC, divulgado no final de 2010. A licitação foi adiada para julho. Nenhum concorrente apareceu, o que levou o governo a mudar a modelagem da concessão, que agora prevê dois leilões. O primeiro está programado para fevereiro de 2012.
Na Ferrovia Norte-Sul, outro projeto caro ao governo, os trechos que ligam Palmas (TO) a Anápolis (GO) – de cerca de 800 quilômetros – deveriam ter sido concluídos até o dia 30 de abril. Mas, segundo informa a Valec, responsável pela obra, não estão totalmente prontos.
Há um segmento em Goiás, ligando Santa Izabel a Uruaçu, cuja execução está na casa dos 80%. Os trabalhos foram atrasados por causa das chuvas, explica a estatal. Essa parte da ferrovia, chamada lote 4, é alvo de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público devido a suspeita de superfaturamento.
A crise na área dos transportes pode provocar atrasos no futuro também. Por causa da decisão de suspender novas licitações, a Valec, por exemplo, está atrasada na contratação da empresa que fará estudos para o projeto do prolongamento da Norte-Sul no trecho paulista, entre a cidade de Panorama e o porto do rio Grande. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.