Possível alvo de investigação por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR), o deputado federal Marco Maia (PT-RS) afirmou em nota que a abertura de inquérito contra ele mostrará que ele é “vítima” de uma mentira”. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos para investigar Maia, além do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU).
“A investigação irá mostrar que sou vítima de uma mentira deslavada e descabida com o único intuito de desgastar a minha imagem e a do Partido dos Trabalhadores, o qual faço parte. Refuto com indignação as ilações ditas a luz de acordos de delação”, destacou Maia em nota. No mesmo posicionamento, o deputado disse “entender” a posição do Ministério Público (MP), após o nome dele ser citado em delação do senador Delcídio Amaral (sem partido – MS).
Em sua delação, Delcídio afirmou que Vital do Rêgo e Marco Maia, respectivamente presidente e relator da CPI Mista da Petrobras realizada em 2014, teriam tentado extorquir empreiteiras envolvidas na Lava Jato para não implicá-las na CPI.
“Fui relator de uma CPMI em 2014, onde pedi o indiciamento daqueles que me acusam, o que foi aprovado pela comissão. Foram 53 indiciamentos e mais o pedido de investigação de 20 empresas ao Cade, pela prática de crime de Cartel”, relembra Maia em nota. “Utilizarei de todas as medidas legais para que a verdade seja estabelecida e para que os possíveis desgastes a minha imagem de parlamentar sejam reparados na sua integralidade”, complementa.
O deputado destaca também que não recebeu doação para sua campanha eleitoral em 2014 de qualquer empresa alvo de investigação pela CPI da Petrobras.