O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse nesta terça-feira, 4, que a troca de mensagens na qual o vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), sugere dar uma cotovelada no presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, “não tem a dimensão de quebra de decoro parlamentar”. Hoje, mais cedo, o PSDB da Câmara protocolou uma representação contra André Vargas pela troca de mensagens, flagrada nesta segunda-feira, 3, pelo jornal O Estado de S. Paulo.
“Não acho que tenha essa dimensão (de quebra de decoro). Pode discutir se foi gentileza ou não, se foi cordialidade ou não, mas não tem essa proporção”, disse Henrique Alves ao chegar à Câmara dos Deputados.
O presidente da Câmara reconheceu que o PSDB tem o direito de representar contra André Vargas pelo caso, mas reafirmou não acreditar que se trata de quebra de decoro. “Você pode discutir a questão da oportunidade. Foi um gesto dele (André Vargas), talvez, de forma mais emocional do que racional”, disse.
Vargas estava sentado ao lado de Joaquim Barbosa, na cerimônia de reabertura dos trabalhos do Legislativo, quando um interlocutor do petista pergunta: “Ele puxou conversa com você?”. Vargas então responde: “Não”. A pessoa lhe envia nova mensagem: “E aí? Não vai quebrar o gelo não? nem um olá? Pergunta pra ele se vai assinar a prisão do j. paulo?”, numa alusão ao ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP). Vargas então contesta: “Da uma cutovelada (sic)”.