O senador Alvaro Dias afirmou ontem que, se houver um acordo entre o PSDB e o PMDB no Paraná, fará uma campanha solo ao Senado nas eleições de outubro. Alvaro já disse ao presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, numa conversa acompanhada pelo senador José Sarney (PMDB), que não será obstáculo a um entendimento entre os dois partidos para a sucessão presidencial. Mas quanto às composições no estado, o senador disse a Jereissati que está na posição de coadjuvante e que irá se dobrar às deliberações do partido no Paraná.
Alvaro afirmou que está distante das conversas regionais entre tucanos e peemedebistas e que não vê na possível composição nacional uma camisa de força para que os dois partidos se juntem no Estado. "Uma coisa não exclui a outra", disse o senador tucano, observando que o PMDB pode ter seu candidato ao governo, assim como o PSDB. E que o pré-candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin, poderia ter dois palanques no estado. "Isso já aconteceu na eleição passada. O PMDB indicou a deputada Rita Camata para vice do José Serra. E no Paraná, o PSDB teve o Beto Richa como candidato e o PMDB teve o candidato deles", exemplificou.
Alvaro disse que não irá assumir a candidatura ao governo se o senador Osmar Dias (PDT) não disputar a eleição. "Eu me preparei psicologicamente para ser um coadjuvante, para ser candidato ao Senado. E, agora, é nesta condição que vou colaborar com o partido", afirmou o senador, que tem sido cobrado pelas lideranças nacionais a concorrer ao governo do Paraná.
Conforme o senador, o PSDB não abriu caminho quando ele se dispôs a concorrer ao governo. "Há um ano e meio o nosso partido está investindo na candidatura do senador Osmar Dias. E para mim está valendo, porque ainda não ouvi do Osmar nenhuma menção de desistência", comentou Alvaro.