O senador Alvaro Dias (PDT) vai se licenciar do cargo até março do próximo ano, quando reassumirá para mais quatro anos de mandato. Derrotado nas eleições para o governo estadual, o pedetista disse que irá descansar e resolver pendências de sua campanha eleitoral. Em seu lugar no Senado, assumirá o suplente, Olivir Gabardo. Alvaro vai formalizar o afastamento na próxima semana.
Em entrevista ontem pela manhã à rádio CBN de Curitiba, o senador disse que ainda não parou para pensar no seu futuro político. Ele afirmou que se tivesse que decidir hoje não voltaria a disputar o governo do Paraná, mas ponderou que não é hora de traçar planos. O senador apenas repetiu o que já disse, após o anúncio do resultado das eleições: que pretende fazer oposição ao governo estadual, embora, como senador, vai defender os interesses do Paraná em Brasília.
Alvaro disse que já sabia que teria muitas dificuldades para derrotar o senador Roberto Requião (PMDB) dez dias antes da eleição. Foi quando o PMDB exibiu o depoimento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva manifestando apoio a Requião. “A onda Lula estava batendo forte no inconsciente coletivo. Nenhum marqueteiro do mundo conseguiria reverter este processo”, justificou.
O pedetista também avaliou que foi prejudicado pela posição da Justiça Eleitoral, que não proibiu a vinculação oficial entre as candidaturas de Lula e Requião. Segundo ele, o PMDB, como aliado do senador José Serra (PSDB) no plano nacional, teria que ter exibido no Paraná o apoio do tucano, conforme o que estabeleceu a legislação eleitoral, ao verticalizar as coligações.
O senador disse ainda que a divulgação da pesquisa Ibope na véspera da eleição, pela Rede Paranaense de Comunicação, confirmando a vantagem de Requião, fez com que o eleitor indefinido se posicionasse.