O senador Alvaro Dias (PSDB) disse ontem que não desiste de pleitear a candidatura ao governo em troca de ofertas de ministérios ou posição de comando na campanha presidencial tucana.

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“Não sou picareta. Não faço negociação desse tipo e ninguém na direção do partido iria me ofender fazendo este gênero de proposta”, disparou o senador, em resposta às conjecturas sobre os termos do acordo que estaria sendo alinhavado pela direção nacional entre ele e o prefeito de Curitiba.

Os tucanos pró-Beto sugerem que o acordo passaria pela renúncia do senador à pré-candidatura em favor de cargo de destaque no próximo governo se os tucanos vencerem a eleição presidencial. “Quem admite este tipo de solução, não me conhece”, afirmou.

Já o prefeito Beto Richa voltou silencioso da rodada de conversas que manteve com o governador de São Paulo e pré-candidato a presidente pelo PSDB, José Serra.

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Por meio de sua assessoria, Beto disse apenas que está tudo bem encaminhado para a manutenção da unidade no partido. Beto esteve com Serra anteontem à noite e, antes de retornar a Curitiba, falou mais uma vez com o governador paulista pelo telefone.

Enquanto não sai o veredito da cúpula do partido, o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, sustenta que a instância de decisão não é São Paulo. Disse que o PSDB do Paraná não terceirizou a decisão para Serra.

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“As conversas com o Serra são importantes, mas quem decide é o partido no Paraná”. E não passa do dia 22, voltou a dizer o presidente estadual que, anteontem, comandou a reunião da executiva estadual que aprovou a convocação do diretório para a segunda-feira, após os feriados de Carnaval.

Atenção

O PMDB está acompanhando com atenção o desenrolar do imbróglio tucano. O grupo dos peemedebistas que defendem o acordo do partido com o prefeito de Curitiba está na expectativa de que o diretório nacional tucano decida em favor de Beto.

Mas o governador Roberto Requião, pelo menos nas suas afirmações feitas no twitter, deixou entrever um certo entusiasmo com as possibilidades de o PSDB pender para a candidatura de Alvaro Dias. “O Beto dançou. Pacta Sunt Servanda (Os acordos devem ser cumpridos)”, escreveu o governador paranaense, ontem, às oito da manhã.

Nenhum peemedebista, porém, confirmou a versão de que o presidente nacional do PSDB teria telefonado a Requião e também conversado com o vice-governador Orlando Pessuti para sondar as tendências do partido no Estado.

O apoio do PMDB é disputado pelo prefeito de Curitiba e pelo senador Alvaro Dias, que avalia ter maiores condições de conquistar o governador Roberto Requião para o seu palanque, assim como mantém um diálogo com o vice-governador Orlando Pessuti.