Os tucanos decidiram procurar os aliados da eleição municipal do ano passado para informar que estão dispostos a reeditar a composição para as eleições ao governo no próximo ano, mas que o PSDB tem preferência por uma candidatura própria. A posição do PSDB foi definida ontem, 9, em reunião da executiva estadual, na sede do diretório regional do partido, em Curitiba.
O primeiro pré-candidato já se apresentou. O senador Alvaro Dias (PSDB) informou aos integrantes da executiva que seu nome está disponível para concorrer ao governo. Já o prefeito de Curitiba, Beto Richa, não incluiu seu nome na lista.
O presidente estadual do PSDB, deputado estadual Valdir Rossoni, relatou que Beto justificou que considera prematuro lançar nomes e fez referência à pré-candidatura ao governo do senador Osmar Dias, que apoiou sua reeleição no ano passado.
“Sempre agi sem precipitação, com muita cautela, respeitando cada etapa, cada passo. As alianças são fundamentais e foi com elas que construí a minha caminhada vitoriosa, as candidaturas nas eleições de 2004 e 2008”, afirmou o prefeito.
Houve consenso no encontro que a escolha do nome deve seguir alguns critérios. O maior defensor da tese é Alvaro, que também comunicou à executiva que irá contratar pesquisas de intenções de votos para avaliar sua performance eleitoral. Do resultado dessas pesquisas depende a manutenção de sua pré-candidatura, condicionou.
Rossoni disse que é importante estabelecer algumas regras já que o grupo tem três opções, incluindo Osmar. “Nós temos que fazer a leitura do que o povo do Paraná está pensando”, declarou. Ele acha que a defesa da candidatura própria não prejudica as conversações com o senador pedetista.
“Todos temos que colocar os nomes. O PDT tem o Osmar. O PSDB tem o Alvaro e o Beto. Nós não estamos impondo nada. Todos os partidos têm o direito legítimo de pleitear a candidatura. O diálogo está aberto”, argumentou.
O bloco de partidos que, além do PDT inclui o PPS e DEM entre outros, não tem ainda condições de apontar um favorito neste cenário, disse o tucano. No caso do PDT, citou, é preciso saber se o partido terá condições de apoiar a candidatura presidencial tucana, já que os pedetistas fazem parte da base aliada do governo no Congresso Nacional.
“Nós precisamos saber disso antes de responder como é que fica o PSDB. Será que o PDT terá liberdade para fechar aliança no Paraná com o PSDB? São respostas que somente poderemos ter no próximo ano”, disse Rossoni.
Sobre a posição do presidente estadual do DEM, deputado federal Abelardo Lupion, que já adiantou sua opção pela candidatura de Osmar, Rossoni comentou que os tucanos não podem descartar suas alternativas. “Ele (Lupion) é o presidente do DEM. Quem decide o destino do PSDB somos nós”, reagiu.