Alvaro Dias quer nome de candidato este ano

O senador Alvaro Dias está defendendo a antecipação da escolha do candidato ao governo do Paraná pela oposição, da mesma forma que está se encaminhando a definição do candidato do PSDB à presidência da República.

Pré-candidato do PSDB ao governo, o senador vai na contramão da tese de boa parte dos tucanos que preferem, primeiro, escolher os aliados, e lá na frente, apontar o candidato.

Para Alvaro, o processo deveria ser o inverso. No entendimento do senador, o candidato é que deveria comandar o processo de articulação de alianças, que no caso do PSDB, ainda tem uma intrincada negociação com o PDT, que já tem seu candidato, o senador Osmar Dias.

“Seria importante para o partido ter essa definição o quanto antes porque quem articula as alianças é o candidato. O que se discute em termos de aliança antes da definição do candidato pode ser alterado depois. No caso inverso, é diferente porque o candidato é o mobilizador das tendências”, avaliou Alvaro.

Ele acha que, assim como na disputa nacional, onde o partido discute a realização de prévias para escolher o candidato a presidente da República, no Paraná, a estas alturas, o PSDB e aliados deveriam estar definindo os critérios para a indicação do candidato do governo.

A antecipação do processo de escolha nacional é uma forma de impedir que a candidatura da situação ganhe mais espaço, enquanto a oposição fica voltada para os processos internos, justificou. “O governo já tem candidatura na rua. E nós não podemos deixar este espaço livre para a candidata da situação”, afirmou o senador.

A sincronia entre as definições nacionais e estaduais é necessária, acredita o senador. “Para organizar o processo nacional nos estados, seria importante ter alguém, o candidato, já articulando no plano estadual”, afirmou.

Alvaro sabe que esta tese encontra resistências entre tucanos e partidos aliados, mas diz que o grupo deveria aprender com os erros. E segundo ele, uma das principais falhas na eleição de 2006 foi a definição em cima da hora do candidato do grupo.

“Na eleição passada, ficaram falando em aliança durante quatro anos. E não definiram o candidato. A escolha aconteceu no limite. Depois, quem comemorou foi o Requião”, observou.

Para Alvaro, a definição pessoal sobre a candidatura não passa de julho, quando pretende encomendar uma pesquisa para avaliar seu desempenho. O prazo é o mesmo que ele considera oportuno que o partido comece a definir, internamente, quem seria o candidato ao governo.

O senador acredita que o prefeito de Curitiba, Beto Richa, nome predileto de uma ala do PSDB para concorrer ao governo, também não vai protelar uma definição pessoal.

“Eu tenho a impressão que o Beto não vai retardar esta definição pessoal porque sabe da importância de o partido ter o tempo necessário para se organizar para a disputa”, disse.

Alvaro avalia que, no caso de Beto, quanto mais cedo ele definir sua posição, melhor. “Ele é o prefeito da cidade. Ele não pode surpreender a cidade, na última hora, com uma candidatura ao governo”, comentou.

Se houver mais de uma candidatura no PSDB, Alvaro acha que o método de escolha deve ser o mesmo aplicado nacionalmente. “Se houver prévia nacional, haverá no Estado também. Não há como adotar modelos diferentes”, disse.

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