Sucessão

Alvaro Dias nega aproximação com o PMDB

O senador Alvaro Dias (PSDB) afirmou que respeita a candidatura própria do PMDB ao governo do Paraná e que não vê significado nas articulações de setores peemedebistas para apoiar a pré-candidatura do seu concorrente interno na disputa, o prefeito de Curitiba, Beto Richa.

“Respeito a candidatura do Pessuti e se um ou dois deputados do PMDB fazem as suas incursões, não sei que valor isso pode ter”, afirmou o senador tucano. Ele ironizou as versões sobre o avanço das negociações entre os peemedebistas e o prefeito de Curitiba para uma aliança em 2010. “Convenções partidárias não se realizam em colunas de jornais. No PMDB, só vejo um cenário, que é a candidatura posta do Pessuti”, disse o senador.

Ele observou que não se deve subestimar a pré-candidatura do PMDB. “O PMDB é a única estrutura partidária real no Estado. Os outros partidos existem pela cúpula. Eu respeito essa força e não tenho visto nenhum entendimento oficial em outra direção”, disse.

Mesmo tendo sido convidado especial do governador Roberto Requião (PMDB) no encontro de líderes políticos, em Foz do Iguaçu, na quarta-feira passada, Alvaro garante que não está buscando uma aproximação com o governador.

“Eu estava lá como representante do Paraná no Senado participando de um ato administrativo do Estado. “Não foi um ato eleitoral. Foi um ato oficial, suprapartidário. Tanto que estavam lá políticos de vários partidos”, justificou o senador.

Pesquisa, sim

Anteontem, em Francisco Beltrão, o senador esteve presente pela primeira vez nos encontros locais que a direção estadual do PSDB vem organizando no Estado, tendo como protagonista o prefeito de Curitiba.

No discurso, o senador tucano reafirmou que as pesquisas de intenções de voto devem ser o instrumento para orientar a escolha do partido para a disputa ao governo.

“Enquanto existirem dois postulantes, é essencial a realização das pesquisas. Nos partidos, estamos mal acostumados, resolvendo na cúpula as questões essenciais para a população, esquecendo de perguntar qual é a sua opinião”, disse o senador.

A pesquisa é a referência ideal para conciliar a decisão partidária com a preferência popular, defendeu. “O PSDB decidiu que nós devemos ouvir a população porque isso é fundamental. Nos Estados Unidos, se dependesse somente do Partido Democrata, o Barack Obama não seria o presidente.

Porque o partido preferia a Hillary Clinton, mas Obama cresceu junto à opinião pública. Como não temos o modelo de primárias aqui, as pesquisas devem ser o nosso instrumento”, comparou.

A decisão sobre o candidato ao governo do Paraná terá o que Álvaro chama de “colaboração” da direção nacional, assim como está ocorrendo em outros estados, onde as composições estão sendo orientadas não apenas pelas conveniências locais, como principalmente pelo impacto na candidatura presidencial do PSDB.

“No momento certo, as conversas vão começar no Paraná. Até agora, havia uma preocupação com o cenário no Paraná, na Paraíba e em Rondônia. Nestes estados, os impasses já foram resolvidos”, citou.

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