Alvaro Dias defende extinção da Comissão de Ética da Presidência

O líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), defendeu hoje a extinção da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, no caso de a presidente Dilma Rousseff ignorar a recomendação do colegiado de demitir o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele entende que não há motivos que justifiquem a existência de uma comissão de ética sem autoridade diante da presidente da República.

“A comissão existe para que as suas conclusões sejam atendidas”, alegou. “Se não houver providências da presidente, se não existir acolhimento a um pedido dessa natureza, também não há razão que justifique a existência da comissão”. Álvaro Dias lembrou ter sido essa a primeira vez que a comissão agiu com rigor com relação a um ministro alvo de denúncias. “E quando age com rigor é desconsiderada”.

No entender do líder tucano, a única coisa que justificaria a manutenção de Lupi no cargo é a “cumplicidade do governo com os fatos que lhe são imputados, como a cobrança de propina em troca da certidão sindical, emitida pelo Ministério do Trabalho. “Há provas materiais e documentais que autorizam punição rigorosa, como a demissão e a adoção de ações judiciais”, destacou.

Sobre a possibilidade de a presidente demitir Lupi apenas na reforma ministerial em janeiro, Álvaro Dias disse que adotar esse procedimento “seria premiar a irregularidade”. “Se o governo agir dessa forma, estimula a prática da corrupção, faz prevalecer a impunidade, está sendo omisso e prioriza a cumplicidade”. Ele entende que o procedimento “condena também o governo, da mesma forma que o seu ministro”.

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