A Justiça britânica realizou ontem mais duas buscas e apreensões em escritórios da Alstom espalhados pelo Reino Unido. A rota de pagamentos de propinas entre Paris, Londres e funcionários brasileiros já havia sido alertada ao Ministério Público do Brasil, segundo a Justiça suíça. Em São Paulo, a suspeita está relacionada aos contratos da Companhia do Metropolitano (Metrô).
Na quarta-feira, três dos principais executivos da companhia – Stephen Burgin, presidente da unidade inglesa; Robert Purcell, diretor financeiro; e Altan Cledwyn-Davies, diretor legal – foram presos e interrogados em relação a suspeitas de esquemas de propinas para funcionários públicos estrangeiros. Após serem ouvidos, os três foram liberados.
A suspeita é de que os executivos teriam pago propinas a funcionários públicos estrangeiros como forma de garantir contratos. Na França e na Suíça, a Alstom é suspeita de ter distribuído milhões de dólares entre 1995 e 2003 para garantir contratos no Brasil, na Venezuela, na Indonésia e em outros mercados emergentes.