Com o deputado federal Odílio Balbinotti (PMDB) praticamente no Ministério da Agricultura, quem vai assumir a vaga dele na Câmara Federal é o recém-empossado secretário de Estado de Obras Públicas e primeiro suplente do partido, Marcelo Almeida (PMDB). O secretário disse ontem que conversou com o governador Roberto Requião (PMDB) e ficou combinado que só vai ocupar o cargo de deputado 60 dias após a convocação. Esse é o prazo limite para assumir a vaga sem que o segundo suplente seja convocado. Se Almeida não tomar posse, o segundo suplente, o ex-deputado André Zacharow (PMDB), fica com a vaga.
?O meu objetivo é ser deputado?, declarou Almeida, explicando sua opção de deixar a Secretaria de Obras, onde está há pouco mais de um mês. Na eleição para a Câmara em 2006, o peemedebista perdeu a vaga para o deputado Takayama (ex-PMDB, atualmente está no PAN), por 503 votos. Almeida disse que já esperava assumir a vaga de algum dos colegas peemedebistas eleitos. ?Imaginava que isso iria acontecer no prazo de um ou dois anos. Não esperava que seria tão rápido?, disse.
Mudanças
Conforme Almeida, neste primeiro mês de trabalho na Secretaria de Obras, foram iniciadas mudanças nos procedimentos e metodologias da pasta com o objetivo de torná-la mais ágil. ?Estou aplicando a experiência que tive no Detran, para otimizar os processos e projetos?, disse. Almeida foi diretor do Detran no mandato passado de Requião. Enquanto permanecer na pasta, o secretário pretende continuar o trabalho de organização de informações de contratos e obras.
Na avaliação do secretário de Obras, é comum turbulências em início de gestão, como as que estão ocorrendo no governo Requião, principalmente por causa de mudanças no secretariado. ?Mas, isso ocorre no início, nos próximos 60 dias acredito que as coisas devam se estabilizar?, declarou.
Almeida foi empossado em 12 de fevereiro, quando Requião investiu também outros quatro secretários de Estado: Valter Bianchini (Agricultura), Ênio Verri (Planejamento), Nelson Garcia (Trabalho), e Virgílio Moreira Filho (Indústria e Comércio). Tomaram posse no mesmo dia os secretários especiais Jacir Bergmann II (Cerimonial) e Vanderlei Iensen (Chefia de Gabinete).
Almeida é a segunda baixa do governo Requião. A primeira foi o pedido demissão do procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda. Em sua saída, o procurador alegou desentendimentos com alguns setores do governo Requião.