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Almeida César garante que vai reestruturar as áreas de perícia

O secretário estadual de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, prometeu, nesta terça-feira, em audiência na Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, que o governo enviará, ainda este ano, ao Legislativo, mensagens para reestruturar as áreas de perícia do Estado, como Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal (IML), e para criar um novo Estatuto da Polícia Civil.

Almeida César, que voltou a fazer duras críticas à situação em que encontrou a segurança pública do Estado, “a PM do Paraná, há exatos 10 anos, tinha o mesmo efetivo que hoje”, disse que resgatar as instituições e aumentar o efetivo são as prioridades de sua pasta. “Não existe política séria de segurança sem efetivo e tecnologia”.

O secretário levou números alarmantes à reunião da comissão de segurança. “Deixo de falar alguns dados para não assustar a opinião pública, mas aqui, tenho que ser franco. Cerca de 70% dos municípios paranaenses não têm delegado de polícia”, disse. O secretário lembrou que o Paraná está em uma situação perigosa de atração da criminalidade. “Com instituições fragilizadas e imagem de estado rico, aliado à posição geográfica, entre o porto e a fronteira, e próximo a São Paulo, rota de migração da criminalidade, temos uma combinação perigosíssima”.

Mas disse que, dentro do possível, já está implantando algumas mudanças. “O aumento do efetivo já iniciou em abril com a contratação de 500 policiais para o batalhão da fronteira. Mas queremos mais, além de aproveitar os concursos ainda válidos, estamos estudando a possibilidade de recorrer aos soldados temporários, egressos do Exército que podem ir para funções burocráticas e o policial que está nesta função voltar às ruas”, disse.

O secretário comunicou, ainda que o governo fará contratações emergenciais para o Instituto de Criminalística e o IML e implantará o Boletim de Ocorrência eletrônico. ‘Que, hoje, só não existe em dois estados: Piauí e Paraná”.

O secretário também disse que levará ao governador Beto Richa outras duas propostas: “o ‘Bico legal’, que permite que policiais militares em folga possam trabalhar legalmente em convênios com prefeituras para ajudar na segurança de locais públicos, por exemplo, aumentando o efetivo e a renda dos policiais; e as Bases Referenciais de Segurança, com funcionamento semelhante às unidades pacificadoras da polícia carioca, mas em trailers, bases móveis para circular pelos bairros”.

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