Aliar com PMDB na capital é uma catástrofe

O deputado federal Dr.Rosinha (PT) disse ontem que o lançamento de candidatos próprios pelo PMDB e PT nas eleições para a prefeitura de Curitiba no próximo ano é uma questão de sobrevivência.  

Rosinha definiu como uma ?catástrofe? para os dois partidos a aliança firmada em 2004, quando petistas e peemedebistas perderam não apenas a eleição para a prefeitura, como também viram reduzidas suas cadeiras na Câmara Municipal. ?O resultado foi uma catástrofe para o PT, que tinha seis vereadores e ficou com apenas três?, afirmou o deputado petista, que fez ontem um pronunciamento na Assembléia Legislativa sobre o parlamento do Mercosul, do qual é vice-presidente. Em 2008, ele assume a presidência. O deputado petista disse que não sabe se irá apresentar seu nome internamente à disputa para concorrer com a ex-diretora financeira de Itaipu Gleisi Hoffmann, pré-candidata declarada à sucessão do prefeito Beto Richa (PSDB).

Rosinha comentou que ainda é cedo para saber se haverá prévias no PT para a escolha de candidato do partido à prefeitura, mas destacou que não há dúvidas sobre a necessidade de uma candidatura própria. ?A conjuntura leva o PMDB a caminhar para uma candidatura própria, assim como o PT?, declarou.

Rosinha disse que na proposta de reforma política, em discussão no Congresso Nacional, está defendendo o fim das coligações nas disputas proporcionais. Rosinha acredita que as composições para a eleição de deputados e vereadores servem apenas aos interesses eleitorais imediatos dos partidos. ?Nós precisamos acabar com esse pragmatismo das coligações proporcionais, que são feitas apenas visando a eleição de deputados e vereadores. Com as coligações só para a eleição majoritária, as legendas de aluguel vão deixar de existir e as coligações terão que ser feitas sobre programas?, comparou.

Para o deputado, foi o pragmatismo que levou integrantes da aliança em torno do candidato do PT à prefeitura de Curitiba, Ângelo Vanhoni, a migrar para a campanha de Beto, antes de encerrar o primeiro turno. ?Antes do galo cantar, teve gente que já foi para o outro lado.?

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