Alianças dependem de decisão do STF

Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não põe um ponto final no conflito entre a Câmara dos Deputados e o Tribunal Superior Eleitoral, os partidos discutem como continuar suas costuras de alianças para as eleições de outubro com ou sem verticalização das coligações (regra que obriga os partidos a reproduzirem nos estados as alianças que fizerem nacionalmente para a disputa presidencial) . O tema preocupa peemedebistas, tucanos, petistas, pedetistas e a maioria das siglas que ficam dependentes das negociações das direções nacionais dos seus partidos para fecharem suas composições no estado.

O vice-presidente estadual do PDT, Augustinho Zucchi, afirmou que a decisão final, que cabe ao STF, vai alterar também o quadro nacional de candidaturas e, por conseqüência, o movimento dos partidos no estado também. ?De qualquer forma, no nosso caso, se o STF confirmar a decisão do TSE, se for para lançar candidaturas no estado, é preciso reavaliar a candidatura à presidência. Ou seja, temos que fazer uma opção?, comentou.

Para o PDT, a decisão é fundamental para a continuidade ou não da pré-candidatura do senador Osmar Dias ao governo. Sem liberdade para fazer alianças no plano estadual, a tendência é que o senador reveja sua posição.

Para um dos defensores do acordo entre o PSDB e o PDT para a disputa ao governo, o presidente estadual tucano Valdir Rossoni, tanto faz se o STF decidir a favor ou não da verticalização. ?Nós ficamos no mesmo lugar. Não dificulta e nem facilita. Quem tem que resolver isso é o PDT. Eles é que devem decidir se apóiam o PT ou o PSDB na sucessão presidencial. Porque aqui nós vamos formar um bloco com os partidos que estiverem com o nosso candidato a presidente da República?, afirmou.

Mas a verticalização é um empecilho para as conversas que vinham sendo mantidas entre PMDB e PSDB sobre um acordo eleitoral para a disputa ao governo do estado. Os defensores do acordo acham que se a verticalização prevalecer, os caminhos para uma coligação se fecham. ?Estava mais fácil antes da decisão do TSE. Agora, o Congresso liberou, mas se o STF acompanhar o TSE, tudo fica prejudicado porque o PSDB vai ter um palanque no Paraná e o PMDB também?, disse.

O vice-presidente estadual do PSDB, Hermas Brandão, disse que é preciso trabalhar com a realidade circunstancial. ?É muito ruim ter uma definição só na última hora, mas os partidos estão conversando nacionalmente e nós temos que aguardar o STF, que tende a manter a verticalização para esta eleição?, comentou. Para o vice-presidente estadual do PFL, deputado Durval Amaral, a manutenção da norma não afeta os rumos do PFL estadual. ?Nós temos uma situação confortável porque o nosso partido tem uma aliança nacional com o PSDB. A nossa única dúvida é se faremos coligação na disputa proporcional?, comentou Amaral. 

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