Os dois municípios paranaenses em que as eleições serão decididas no segundo turno – Londrina e Ponta Grossa – podem apresentar alianças, no mínimo, curiosas nestas três semanas de campanha para a nova votação do próximo dia 26. Não está descartada a possibilidade petistas e peemedebistas serem vistos em palanques tucanos em Londrina e Ponta Grossa, respectivamente.

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O primeiro passo para essas alianças surpreendente foi dado pelo atual prefeito de Londrina, Nedson Micheleti (PT), que já anunciou “apoio pessoal” ao candidato Luiz Carlos Hauly, do PSDB.

O prefeito disse que tomou a decisão “em defesa da cidade”, descartando qualquer possibilidade de apoiar Antonio Belinati (PP), a quem sucedeu na Prefeitura em 2001 e sobre quem tem severas críticas. O prefeito reforçou, no entanto, que seu apoio é uma decisão pessoal e que o PT ainda reunirá a executiva para decidir se apoiará algum dos candidatos neste segundo turno.

Já em Ponta Grossa, o governador Roberto Requião é esperado no palanque do prefeito Pedro Wosgrau (PSDB). Apesar de tucano, Wosgrau apoiou Requião nas eleições de 2006 e espera, agora, retribuição.

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Se no primeiro turno o governador estava dividido já que também recebeu apoio do deputado Jocelito Canto (PTB), que terminou a eleição na terceira posição, agora ele não teria motivos para não apoiar Wosgrau, já que seu adversário é Sandro Alex (PPS), que, além de pertencer a um dos partidos que faz forte oposição ao governo, é irmão do deputado estadual Marcelo Rangel (PPS), adversário do governo na Assembléia.

Se Wosgrau aguarda a presença de Requião em sua campanha, Sandro Alex também espera um reforço de peso na busca por votos no segundo turno. O senador Osmar Dias (PDT) manteve-se afastado da disputa em Ponta Grossa porque seu partido coligou-se ao PTB de Jocelito, aliado de Requião. Agora, Osmar está livre para manifestar sua preferência e é aguardado por Sandro Alex nos Campos Gerais.

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