Sucessão

Aliança entre PDT e PSDB depende do TSE

Não depende apenas da direção nacional do PDT a liberação do PDT paranaense para se unir ao PSDB do Paraná. Uma consulta do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode responder, com precisão, aos pedetistas paranaenses se poderão ou não estar juntos com os tucanos para a eleição ao governo do Estado e à presidência da República se o senador Osmar Dias não for candidato ao governo.

A consulta é sobre como compatibilizar coligações nacionais e estaduais e aguarda posição do TSE, que poderia se pronunciar ontem à noite sobre o assunto.

O deputado fluminense requer todos os esclarecimentos sobre possibilidades de apoios nas eleições majoritárias (presidente, governadores e senadores) e proporcionais (deputados).

São duas perguntas. Na primeira, o parlamentar carioca questiona se o candidato, detentor ou não de mandato eletivo, pode fazer campanha nacional para candidato de outra coligação.

Na segunda, o deputado questiona se o candidato de um partido pode participar de programa eleitoral de ambas as coligações. As respostas podem orientar a tomada de decisões no PDT, admitiu o presidente estadual do partido, Augustinho Zucchi.

Nacionalmente, o PDT já tem compromisso de apoio à ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presidência. Se o PDT do Paraná decidir se coligar com o PSDB, que tem como pré-candidato a presidente o ex-governador de São Paulo, José Serra, os pedetistas querem ter a certeza de que o senador Osmar Dias poderá apoiá-lo participando da propaganda eleitoral gratuita.

A dúvida é saber se, em caso negativo, o veto também não se estenderia ao apoio de Osmar, que seria candidato ao Senado, ao pré-candidato ao governo, Beto Richa.

Essa incerteza seria a verdadeira razão do adiamento da convenção estadual do PSDB do Paraná que estava marcada para esta sexta-feira, 11, mas foi adiada para o próximo dia 19. Os tucanos preferiram deixar para depois a decisão até que o PDT tenha certeza de que não haverá impedimentos legais na coligação.

De acordo com informações distribuídas pela assessoria de Beto, a alteração da data da convenção será benéfica à conclusão das negociações com os outros partidos.

“Primeiro, permite concluir as conversas com partidos para a formalização de um grande leque de alianças”, diz Richa. “Segundo, temos a vantagem de conseguir um espaço muito mais amplo para a realização dessa grande festa cívica.”

A convenção do PSDB será no Expotrade Convention Center, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.á “Até lá, já podemos ter concluído todas as negociações e anunciar as alianças na convenção, com a presença dos demais partidos, coisa que não aconteceria na próxima sexta-feira (11), uma vez que vários partidos ainda estão concluindo suas conversas internas”, disse Beto.

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