Aliança com PMDB é estratégia nacional tucana

O senador Alvaro Dias disse que não é dele a iniciativa de fazer os contatos com peemedebistas do Paraná para uma aliança com o PSDB nas eleições do próximo ano para o governo e presidência da República. Álvaro declarou que está apenas acompanhando conversas que foram iniciadas nacionalmente. “Eu não tenho o comando do partido no Estado e tudo o que eu disser pode ser mal interpretado”, afirmou o senador, que vem sendo apontado como o articulador de uma negociação com os peemedebistas via chefe do escritório político do Paraná em Brasília, Eduardo Requião.

Álvaro disse que tem atuado apenas para “facilitar os entendimentos”, mas que a condução do processo não é dele. É do governador de São Paulo, José Serra, que está atuando de maneira discreta, garantiu. “Assim que esta tendência for consolidada, e estou esperando o momento em que isto possa estar firmemente estabelecido, em função do comando nacional, aí poderei participar diretamente porque será uma ação mais segura e viável”, afirmou.

A aproximação com o PMDB é parte da estratégia de construção do projeto do PSDB para a disputa da presidência da República, assinalou Alvaro “Todo mundo sabe que há um trabalho nacional em torno do projeto Serra para tentar conquistar o PMDB para uma aliança. Essa estratégia já foi bem sucedida em dez estados. Mas é bom que fique claro que quem está liderando essa conversa é o Serra”, afirmou o senador paranaense.

Pela convergência

A diretriz nacional é para que os projetos estaduais se orientem pelo projeto nacional, afirmou Alvaro. “A orientação para a campanha é fortalecer a candidatura nacional. Para isso, eu tenho a disposição de superar sentimentos, consertar arestas e fazer concessões no plano político”, disse Alvaro que, assim como o prefeito de Curitiba, Beto Richa, é pré-candidato ao governo do Estado.

Os esforços devem ser feitos para que haja uma convergência entre peemedebistas e tucanos, declarou o senador. Alvaro avalia que um acordo entre os dois partidos tem todas as possibilidades de ser fechado no Paraná. Nos estados onde as lideranças envolvidas têm a mesma origem política, a costura de alianças está longe de se constituir numa afronta à história das siglas, destacou.

“Na verdade, trata-se da recuperação de uma história”, declarou o senador, referindo-se ao fato de várias lideranças atuais do PMDB e do PSDB terem se formado juntas, no MDB, que depois daria origem ao PSDB. Para o senador, as negociações têm o sentido de evitar o que chamou de “enfrentamento exacerbado” no Estado. “Se nós não buscarmos essas convergências, vai haver enfrentamento”, disse.

O chefe do escritório político do Paraná em Brasília, Eduardo Requião, por meio de sua assessoria, afirmou que a presença do senador Alvaro Dias na inauguração de um estúdio de televisão no escritório, na semana passada, não pode ser vista como articulação política. Alvaro foi convidado, assim com os outros dois senadores do Paraná, Osmar Dias (PDT) e Flávio Arns (PT), resumiu Eduardo, informando que, no PMDB, o governador Roberto Requião orientou pela construção da candidatura do vice-governador, Orlando Pessuti, ao governo.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna