Em visita ao Congresso Nacional, o secretário de Desenvolvimento de São Paulo e ex-governador do Estado, Geraldo Alckmin, disse à Agência Estado que a crise política envolvendo o único governador eleito pelo DEM, José Roberto Arruda, do Distrito Federal, não enfraquece a aliança com o PSDB. “A aliança com o DEM é muito necessária. É o maior partido de oposição que temos para compor aliança”, disse.
Alckmin tomava café com senadores do DEM e do PSDB quando recebeu a notícia de que Arruda pedirá desfiliação do DEM antes que o partido se reúna para decidir se irá expulsá-lo ou não. Na sua avaliação de Alckmin, se o DEM indicar ou não um candidato a vice, o partido continuará sendo uma aliança estratégica para o PSDB nas eleições de 2010. No DEM, José Roberto Arruda era um dos mais cotados para ser indicado a vice na chapa nacional com o PSDB.
De acordo com Alckmin, a hipótese de o PSDB concorrer à eleição presidencial do próximo ano com uma chapa puro sangue já vinha ganhando força antes de o DEM se ver envolvido na crise política no Distrito Federal. “A chapa puro sangue vinha sendo discutida porque, afinal, uniria os dois maiores colégios eleitorais do País”, disse o secretário tucano, referindo-se a possível chapa com os governadores José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais.
Alckmin defendeu ainda a posição do governador José Serra de que o PSDB não deve ter pressa para definir quem será seu candidato. “Só temos eleições em ano par, e hoje ainda estamos em 2009”, disse. Segundo ele, o candidato tucano só será definido no próximo ano.
Em entrevista recente, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, disse que uma definição sobre quem será o presidenciável tucano poderia ocorrer amanhã, numa conversa que teria com o governador paulista, José Serra, durante um evento partidário no Piauí. O evento, porém, foi desmarcado porque o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), está indisposto e não poderá conduzir o encontro.