Os partidos que formaram a aliança em torno da reeleição do prefeito Beto Richa (PSDB) confirmaram participação no encontro que o senador Osmar Dias (PDT) preside hoje, 25, em Foz do Iguaçu, e que é o primeiro de uma série para discutir o seu plano de governo para as eleições do próximo ano.
Além do presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, também irão à reunião os presidentes estaduais do PP, deputado federal Ricardo Barros, e do DEM, deputado federal Abelardo Lupion. O PPS estará representado pelo presidente do partido em Foz, Sérgio Spada.
Apesar do cerco dos aliados antigos a Osmar, o PT, que se empenha em atrair o senador para uma composição na disputa eleitoral do próximo ano, optou por ter uma participação discreta no encontro.
Vai ser representado pelo ex-prefeito de Vera Cruz do Oeste e atual secretário institucional do diretório estadual, Marcos Pescador. A justificativa é que os demais dirigentes da executiva estadual e as demais lideranças do partido estarão ocupados em Curitiba, na reunião do diretório estadual, que está marcada para hoje.
Osmar convidou também o PMDB para a discussão. Recebeu um telefonema do presidente estadual do partido, Waldyr Pugliesi, agradecendo o chamado, mas informando que não irá ou mandará representantes.
“Eu telefonei ao Osmar e disse que a iniciativa dele é importante, mas que o PMDB já tem um candidato ao governo. É o Pessuti. Não faria sentido ir até lá para discutir um plano de governo para o PDT. Assim como quando fizermos uma reunião para discutir o projeto do Pessuti, também não haverá razão para o PDT participar”, disse o dirigente do PMDB.
Aliados
O presidente estadual do DEM disse que trabalha para levar o partido a apoiar o senador Osmar Dias, mas que também fará o mesmo esforço para que o pedetista faça uma opção pela candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB) à Presidência da República.
“Eu já disse, há muito tempo, que vou levar o DEM para o Osmar Dias. Para mim, essa é uma posição definitiva. E é claro que também estaremos trabalhando para que aconteça a grande aliança com que todos nós sonhamos”, afirmou.
Lupion comentou que não acredita na possibilidade de o senador pedetista fazer uma opção, neste momento, por uma aliança diferente daquela das eleições municipais do ano passado, como planeja o PT, que pensa em ter o apoio do senador para sua pré-candidata à sucessão do presidente Lula, a ministra Dilma Rousseff.
“Eu acho difícil ele assumir uma posição porque agora ele é a noiva que está sendo disputada por todos os candidatos a presidente da República. Seria um jogo precipitado se ele se definisse agora. Ele tem que preparar a campanha e, na hora certa, decidir”, afirmou o presidente do DEM.
O encontro do PDT será realizado no Rafain Palace Hotel, em Foz do Iguaçu. Os convidados principais são os prefeitos dos 38 municípios paranaenses administrados pelo PDT, vice-prefeitos do partido, deputados estaduais e federais e vereadores pedetistas, mas as discussões estão abertas aos demais cidadãos.
