Recebido com sorrisos e elogios, na terça-feira (05), pelos vereadores, na 1.ª sessão legislativa do ano, o prefeito Fernando Haddad (PT) tem sido alvo de críticas da base e do próprio PT. Aliados reclamam que ele ainda não nomeou funcionários indicados por eles para cargos de confiança nas subprefeituras. Têm servido de “para-raios” das críticas o presidente da Câmara, José Américo (PT), e o secretário de Relações Governamentais, João Antonio.
Antonio e Américo enfrentam uma romaria de vereadores querendo “desabafar”. Eles dizem que Haddad até agora não nomeou chefes de gabinetes (salário mensal de R$ 17,3 mil) das subprefeituras, cujos nomes foram recebidos por Antonio dos vereadores no fim de dezembro.
Ciente da insatisfação, Haddad se comprometeu a manter o diálogo com os vereadores em busca de uma “legislação antenada” para a cidade, que produza soluções inovadoras. Ele pediu atenção especial para aprovação de projetos que redefinam o uso do solo, a partir do novo plano diretor. Assim que saiu da Câmara, virou foco das lamentações.
“Como o prefeito quer pedir nosso empenho se nem chefes de gabinete ele nomeou?”, questionou um petista a um dos assessores de Haddad. A insatisfação virou motivo de ironias da oposição. “É realmente preocupante deixar subprefeituras sem chefe de gabinete”, disse Andrea Matarazzo (PSDB).
O motivo do atraso é o veto de Haddad a alguns nomes, muitos sem ligação com o bairro da subprefeitura. “Além de ser ficha limpa e ter histórico como liderança, Haddad quer alguém da região. Isso tem inviabilizado nomes”, disse um assessor. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.