Parlamentares do PCdoB foram os primeiros a repercutir o discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a denúncia oferecida ontem contra ele pelo Ministério Público Federal (MPF). Aliados fiéis dos governos petistas, os comunistas disseram que Lula demonstrou “a tranquilidade de quem não deve” e acusaram os promotores de tentarem “criminalizar um projeto popular”.

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Enquanto Lula ainda discursava em um hotel da capital paulista, os parlamentares já encaminhavam seus comentários por meio da assessoria da bancada na Câmara. “Lula tem a tranquilidade de quem não deve e, portanto, não teme. Por isso já prestou todos os esclarecimentos. O ataque que ele está recebendo é apenas mais um dentro desse movimento conservador que conseguiu tirar do poder uma presidente legítima e parece que vai continuar tentando de tudo para impedir que o povo tenha a chance de eleger Lula em 2018. Esse é o verdadeiro xis da questão”, declarou o deputado Chico Lopes (PcdoB-CE).

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A líder da Minoria na Câmara e candidata à prefeitura do Rio de Janeiro, Jandira Feghali (PcdoB-RJ), concluiu que está em curso uma manobra para tirar o petista da disputa presidencial de 2018. “É uma excrescência o que está acontecendo. É incrível como continuam perpetrando um golpe com agentes públicos. Cadê as provas? O sítio não é dele, o apartamento do Guarujá já apareceu o dono. Querem criminalizar um projeto popular, democrático no Brasil, criminalizando seus principais líderes. Primeiro foi o impeachment de Dilma e agora tentam atacar Lula. Querem tirar Lula de qualquer disputa política e tem agente público que se presta para isso”, disse.

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O líder da bancada do partido na Câmara, Daniel Almeida (BA), repetiu o discurso da defesa do ex-presidente de que a denúncia é uma “ficção”. “É uma manifestação de caráter político, uma obra de ficção, para atingir Lula e o projeto que ele representa. É intolerável. Cabe ao Ministério Público Federal zelar pelo respeito às leis e não ficar fazendo denúncia sem provas”, afirmou.