As bancadas aliadas do governo de Yeda Crusius (PSDB) aderiram ontem à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pela oposição para investigar supostas irregularidades no Executivo do Rio Grande do Sul. O objetivo é blindar a governadora durante as investigações. O requerimento foi elaborado pela bancada do PT no início de maio, depois de escândalo indicando que o casal Carlos e Yeda Crusius teriam usado dinheiro de caixa 2 da campanha de 2006 para compra de um imóvel. O casal nega.
Para aderir, os aliados queriam “fato novo”, que surgiu na quarta-feira, quando o Ministério Público Federal (MPF) anunciou estar movendo ação de improbidade administrativa contra Yeda e mais oito pessoas, com pedido de afastamento do cargo e bloqueio de bens. Três pedetistas assinaram o requerimento imediatamente.
Como as adesões de parlamentares do PDT aprovavam a criação da CPI, as bancadas contrárias reavaliaram suas posições. Em apenas um dia o número de adesões passou de 17 para 38. A Assembleia gaúcha tem 55 cadeiras. A deputada Stela Farias (PT), que presidirá a comissão, comemorou a aprovação.