O primeiro debate na televisão nesta campanha eleitoral para o governo do Estado na TV Bandeirantes teve somente vencedores, a julgar pela avaliação dos aliados dos dois primeiros colocados nas pesquisas de intenções de votos, Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT).
“Osmar foi seguro e passou o recado. Formamos a chapa da produção, dos compromissos sociais e da segurança, principalmente através do combate às drogas, e da valorização da família paranaense”, disse Rodrigo Rocha Loures, candidato a vice-governador na chapa do senador Osmar Dias.
A assessoria de Beto Richa distribuiu texto afirmando que o melhor desempenho foi do ex-prefeito de Curitiba. Em um informativo distribuído nas ruas, Beto é descrito como o candidato que “não atacou, não fez demagogia nem usou de artimanhas rasteiras”.
Já Rocha Loures disse que o formato do programa impediu o embate entre os candidatos, mas que a performance de Osmar ajudou a estabelecer distinções em relação às propostas do adversário.
“No enfrentamento direto poderemos conhecer ainda melhor as diferenças entre as nossas propostas e as das outras candidaturas”, disse. Mesmo os momentos de desconforto foram capitalizados.
Para os apoiadores de Beto, ele se saiu bem quando instado a admitir que votou a favor da privatização do Banestado, quando era deputado estadual. “Beto respondeu com convicção sobre a privatização do Banestado. Beto disse que sempre agiu com responsabilidade na vida pública”, diz o texto distribuído da assessoria do candidato.
No twitter do deputado federal André Vargas (PT), Osmar “marcou pontos” ao ser questionado qual sua posição sobre a reforma agrária, um tema em que o candidato tem sempre que conciliar para não melindrar os produtores rurais, com quem tem bom diálogo, e o aliado PT. “Ele marcou ponto. Defendeu a Reforma Agrária com diálogo. Com FHC, houve 41% mais invasões”, elogiou Vargas.
