Assim que a Mesa do Senado mandar instalar a CPI da Petrobras e começar a correr o prazo para indicação dos nomes que comporão a investigação, o PMDB deve indicar o senador João Alberto (PMDB-MA) para presidir os trabalhos da comissão. Alberto é antigo aliado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do antecessor, José Sarney (PMDB-AP), do qual Alberto é amigo de longa data.

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Como maior partido do Congresso, o PMDB tem essa prerrogativa. A segunda maior bancada, no caso o PT, ficará com a relatoria, ainda sem dono. As indicações estão sendo discutidas com a equipe do governo neste momento no Palácio do Planalto.

Obedecendo à proporcionalidade, o governo terá, em princípio, dez cadeiras para preencher com parlamentares afinados com o interesse do Planalto de amenizar os danos na CPI. Outro nome tido como certo nos corredores do Senado é do peemedebista Romero Jucá (RR), que também chegou a ser cotado para presidir os trabalhos, mas acabou contemplado com a relatoria do Orçamento da União de 2015, o que já deve lhe tomar tempo ao longo deste ano.

As possíveis dez vagas do governo ficarão divididas entre os blocos no Senado. Serão quatro para o de apoio ao governo, liderado pelo PT, outras quatro para o bloco da maioria, cujo líder é do PMDB, o senador Eunício Oliveira (CE), e outras duas do bloco União e Força, encabeçado por Gim Argello (PTB-DF), aliado do Planalto. Existe uma vaga de rodízio, que deve abrigar um senador de partido nanico, que poderia acabar nas mãos do PSOL, de Randolfe Rodrigues (AC).

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Do lado da oposição, a quem caberá 3 das 13 vagas, o senador Álvaro Dias (PR) já é uma certeza. Com ampla experiência em CPIs, a expectativa é de que ele seja o responsável pela apresentação de requerimentos. Uma hipótese cogitada pelo partido é indicar o senador Mário Couto (PA), uma indicação “para fazer barulho”, como definiu um membro da sigla. A outra cadeira de oposicionista deve ficar com o DEM. Nesse caso, é alta a possibilidade de indicação de José Agripino (RN). Como o senador já acumula as funções de presidente do partido e líder no Senado, pode ser que o indicado à vaga do DEM seja o senador Jayme Campos (MT).