Aliado de Dirceu vira réu sete anos após escândalo

A Justiça Federal acolheu uma denúncia contra o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz e outras pessoas acusadas de envolvimento em irregularidades durante a renovação de um contrato entre a Caixa Econômica Federal e a empresa multinacional de processamento de loterias GTech.

De acordo com o Ministério Público Federal, os acusados de envolvimento no esquema serão processados pelos crimes de concussão (extorsão praticada por funcionário público), corrupção ativa e passiva e estelionato. O Ministério Público Federal deverá recorrer da decisão da Justiça de rejeitar a denúncia contra o ex-diretor da Caixa Paulo Roberto Paixão Bretas.

Ocorrido em 2004, o caso Waldomiro foi o primeiro escândalo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vídeos divulgados naquele ano – embora tivessem sido gravados em 2002, antes do primeiro mandato de Lula – mostravam Waldomiro pedindo doações de campanha supostamente irregulares ao empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. As imagens, captadas por uma câmera escondida, mostram que Waldomiro, depois de solicitar dinheiro para as campanhas de candidatos do PT a governador, pedia propina em seu próprio nome.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o ex-assessor da Casa Civil “tinha por hábito cobrar propina e assim buscava nova fonte de recursos”.

Além de Waldomiro e de Carlinhos Cachoeira, são réus na ação o advogado Rogério Buratti – ex-secretário do ministro Antonio Palocci (PT) na Prefeitura de Ribeirão Preto -, funcionários da GTech Brasil na época dos fatos e o ex-presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS) Fábio Rolim.

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