O presidente em exercício José Alencar disse que, se convidado, subirá nos palanques com a ex-ministra Dilma Rousseff para ajudar em sua campanha. Em relação a Minas Gerais, sugeriu um “palanque único” e “inteligível” e ironizou quando questionado sobre a declaração de Dilma, que chegou a admitir que poderia formar uma chapa, no Estado, com o candidato de Aécio Neves, Antonio Anastasia.
“Quando ouvi falar em ‘Dilmasia’, não entendi. Pensei que fosse uma doença nova e não tenho mais idade para estar enfrentando doença nova”, brincou ele, repetindo um comentário de Serra que também disse que “Dilmasia” parecia nome de doença. Alencar afirmou que esta união é inadmissível, lembrando que os eleitores não aceitam a união de partidos ou pessoas que faziam oposição e se uniram só por causa da eleição. “Vamos trabalhar para ter uma aliança plausível”, disse ele.
Alencar acredita que os três candidatos ao governo mineiro – Fernando Pimentel e Patrus Ananias, do PT, e Hélio Costa, do PMDB – “vão chegar a um consenso”. “O palanque que desejamos em Minas é um palanque único”, observou Alencar.
Tropeços
Para Alencar, não deverão atrapalhar a candidatura da ex-ministra os tropeços verificados nos últimos dias, como a menção a uma possível chapa com Anastasia, a sua afirmação de que nunca fugiu da luta, entendida como crítica aos exilados, ou a referência a Antony Garotinho, ex-governador do Rio de Janeiro, de “parceiro antigo”.
“A Dilma é autêntica. Ela é uma mulher brava e isso não é problema nenhum”, declarou ele, justificando que isso mostra a espontaneidade dela. “As pessoas gostam de ver o candidato como ele é. Não gostam de vê-lo representando um papel e a Dilma é autêntica e isso só faz ela crescer na votação”, acentuou Alencar, insistindo que estes pequenos problemas “não a atrapalham” porque “ela abraça a causa com dedicação e firmeza”.
Ao falar sobre a escolha do vice na chapa encabeçada por de Dilma Rousseff, Alencar comentou que “o natural é que seja o Temer”, referindo-se ao presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer.