Foto: Arquivo/O Estado |
Alckmin: aliados do PFL e do PDT foram convidados para a comitiva do tucano. continua após a publicidade |
O pré-candidato do PSDB a presidente da República, Geraldo Alckmin, vem ao Paraná no dia 9 de junho para um roteiro de pré-campanha em Paranavaí, Maringá e Cascavel. As lideranças estaduais do PSDB estão organizando essa segunda visita de Alckmin ao Estado. A primeira foi em Londrina, no dia 13 de abril.
Desta vez, Alckmin ainda não virá a Curitiba. Segundo o presidente estadual do PSDB, deputado estadual Valdir Rossoni, o pré-candidato visitará a cidade no lançamento do pré-candidato ao governo, que ainda não está definido. Os aliados do PFL e PDT foram convidados a acompanhar Alckmin na visita ao Paraná.
Enquanto aguardam a vinda de Alckmin, os tucanos articulam também uma reunião na próxima segunda-feira, dia 5, com o PFL, PP e PDT para definir um compromisso de coligação na eleição proporcional (Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa). A definição da chapa majoritária (Governo e Senado) depende da posição do senador Osmar Dias (PDT) sobre a manutenção de sua candidatura ao governo. O PSB também foi chamado para a reunião, mas está dispensado de selar o pré-compromisso já que a direção nacional está em negociação com o PT para a sucessão presidencial.
Sem compromisso
O senador retornou ontem a Curitiba, onde vai se recuperar da cirurgia de extração das veias safenas das pernas. Osmar reuniu-se ontem com o presidente em exercício do partido, deputado estadual Augustinho Zucchi, como o PDT irá se posicionar na reunião conjunta com tucanos e pefelistas. Ficou decidido que Zucchi participa do encontro da próxima segunda-feira, mas não assina nenhum pré-acordo e muito menos irá examinar outras possibilidades de candidaturas.
Zucchi disse que o partido não pode assumir compromissos. Ele observou que, dependendo da definição do PDT sobre a candidatura do senador Cristovam Buarque à presidência da República, não haverá possibilidade legal de fechar uma coligação com os tucanos,seja proporcional ou majoritária. O PDT marcou sua convenção nacional para o dia 19 de junho. Até lá, Zucchi pondera que o PDT não tem como selar acordos e também não discute alternativas de candidaturas ao governo enquanto Osmar for pré-candidato.
"Não vejo mal nenhum em fazer uma reunião para decidir data de convenção e outros assuntos. Mas nós não temos como fechar a coligação proporcional agora. O PFL e o PSDB podem fazer isso porque já estão coligados nacionalmente. Para nós não é possível", justificou Zucchi, citando a regra da verticalização das coligações, que obriga os partidos que lançarem candidatos à sucessão presidencial a repetir as mesmas alianças nos estados.
Ontem, o presidente estadual do PSDB continuava aguardando que o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, conversasse com o senador Osmar Dias para obter do pedetista uma posição sobre a candidatura à sucessão estadual. Rossoni voltou a dizer que se Osmar não quiser, o nome da oposição para o governo será o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB). 0 dirigente tucano afirmou que os presidentes do PFL e PP se comprometeram a apoiar Fruet se o PDT não lançar Osmar ao governo.
Mas admitiu que há resistências localizadas a Gustavo entre os possíveis aliados. O que explica a articulação das candidaturas do ex-prefeito de Curitiba Cassio Taniguchi no PFL e do deputado federal Ricardo Barros (PP) como opções dos dois partidos em caso de Osmar não disputar a eleição. "O que acontece é que em qualquer partido sempre tem alguém que discorda".