O candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB-PFL), esteve ontem pela manhã em Aparecida (SP) e participou da missa em homenagem à Nossa Senhora Aparecida. Após a missa, o tucano deu uma entrevista no auditório da basílica. Na coletiva, ele disse que pretende aumentar a carga horária das escolas, especialmente no nível fundamental, implementando um projeto de ensino integral. Na área de gestão pública, Alckmin voltou a criticar os gastos do governo e o número de ministérios.
Para o ex-governador de São Paulo, o Estado brasileiro gasta mal, tem muitos cargos em comissão, custeio elevado e superfaturamento de obras e compras. Na opinião dele, os problemas fiscais ainda impedem o crescimento econômico.
?O país não vai crescer como tem que crescer com uma carga tributária de 38% do Produto Interno Bruto (PIB). (…) Com uma política fiscal melhor, é possível ter taxa de juros mais baixa e um crescimento maior?, afirmou Alckmin. O candidato do PSDB também fez críticas ao presidente Lula, candidato à reeleição. Para ele, Lula é tolerante com o crime e a corrupção.
Sobre sua participação em um evento religioso durante a campanha eleitoral, Alckmin destacou que assiste à missa desde a infância, quando morava em Pindamonhangaba, cidade vizinha e chegava a fazer o percurso até Aparecida a pé. Na celebração de ontem, o ex-governador de São Paulo disse não ter feito nenhum pedido específico sobre as eleições. ?Política é questão terrena. Não devemos misturar as questões de Deus com as questões de natureza política?, afirmou Alckmin.
O cardeal arcebispo de Aparecida, dom Raimundo Damasceno, ressaltou que o santuário é a ?casa da mãe e como tal recebe todos os filhos?: ?O ex-governador Geraldo Alckmin já veio aqui várias vezes em romaria e não há nenhuma motivação política nisso?. Também participaram da missa em homenagem à Nossa Senhora aparecida o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), o presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).