O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, prometeu hoje “pisar no acelerador” e ampliar os feitos do ex-governador do Estado e candidato tucano à Presidência, José Serra, que foi citado duas vezes no programa de hoje no horário eleitoral gratuito de Alckmin. “São Paulo é o motor do Brasil, e nós precisamos e vamos ajudar o nosso País e o presidente Serra, fazendo as grandes obras que geram emprego para as pessoas e trazem progresso para o nosso Estado”, afirmou.

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O programa apresentou as realizações de Alckmin e de Serra durante seus respectivos mandatos como governadores de São Paulo. “O que o Serra implantou, Geraldo vai ampliar”, anunciou o locutor, enquanto eram exibidas imagens da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), de estradas e de unidades de saúde. A propaganda tentou dar apelo popular ao nome de Alckmin, ao apresentar iniciativas como os restaurantes Bom Prato – voltados à população de baixa renda – e o Dose Certa, que dá “remédio de graça para o povão”.

Apesar de ter citado Serra, a propaganda de Alckmin prestou uma reverência a outro ex-governador, o tucano Mário Covas, já falecido. Alckmin se referiu a ele como “meu mestre, o querido Mario Covas”. Na apresentação da biografia de Alckmin, um “saudoso Mario Covas” foi citado.

Mercadante

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Já o candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, abusou da imagem e da fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A propaganda começou com a exibição de fotos de Mercadante com Lula e a afirmação de que, como senador, Mercadante foi “peça chave” para a aprovação de projetos no governo Lula.

Depoimentos elogiosos do presidente e do candidato foram intercalados. “Mercadante é, sem dúvida, uma das pessoas mais preparadas do País”, afirmou Lula. “Eu gostaria muito que você depositasse no Mercadante a mesma confiança que eu depositei. O Mercadante vai saber fazer em São Paulo o mesmo que eu fiz no Brasil.” O candidato a governador, por sua vez, disse ter orgulho da amizade de 30 anos com Lula e de ter “ajudado a construir esse Brasil”.

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A propaganda de Mercadante convocou os eleitores para comícios hoje e amanhã no Estado, com a presença de Lula e da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.

Propostas

O candidato do PP, Celso Russomano, prometeu que, se eleito, será o “governador das ruas” e defenderá o povo dos “péssimos serviços públicos”. Para ele, o governo atual vê as pessoas como números. “E você não é numero, você é, como eu, gente.” O candidato do PV, Fabio Feldman, falou sobre a “economia criativa” e contou com a presidenciável verde, Marina Silva, para pedir votos para ele.

Paulo Skaf (PSB) mostrou, num ringue, uma luta de boxe entre competidores com camisetas de “escola pública” e “escola particular”. A pública acaba nocauteada. “Na hora da disputa por um emprego, o aluno da escola particular sempre vence”, afirmou Skaf, prometendo criar escolas públicas de tempo integral e investir em educação.

A propaganda de Paulo Bufalo (PSOL) mostrou dois atores com gravatas em forma de forca e disse que cada um tinha recebido R$ 10,5 milhões de banqueiros, em referência indireta a Alckmin e Mercadante. “Têm pessoas que o banqueiro ajuda. Para todas as outras, existe o PSOL”, diz o locutor. O candidato defendeu o financiamento público de campanha.

Igor Grabois (PCB) propôs uma campanha política permanente e a luta pelos trabalhadores. Anai Caproni (PCO) criticou o “Estado policial controlando a vida do cidadão”. Luiz Carlos Prates, o Mancha (PSTU), defendeu “moradia para todos e o fim do pedágio”.