Alckmin se diz ‘soldado’ em campanha de Serra

Personagem-chave no sprint final da campanha tucana à Presidência, o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem pela frente amplo roteiro até o dia 31 de outubro. Além de percorrer o interior paulista, ao lado de aliados políticos, vai ao Rio Grande do Sul e ao Nordeste preencher vazios da agenda do presidenciável tucano José Serra. Dizendo-se “soldado”, Alckmin entrou no front de batalha serrista no dia 3 de outubro, após sua vitória. Ele protelou a transição do governo paulista, que deve fazer apenas a partir do dia 1.º de novembro, em prol do colega tucano. Para alguns correligionários, dose de lealdade até inesperada.

“Quando terminou a apuração no primeiro turno, disse ao Sérgio Guerra (presidente do PSDB): ‘soldado Alckmin se apresenta'”, contou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Aqui em São Paulo já fizemos, desde o dia 5 de outubro até hoje, 55 eventos em 44 cidades. Eu fui a muitas delas, também o Aloysio (Nunes Ferreira), o (vice-governador eleito Guilherme) Afif, o (coordenador de campanha Sidney) Beraldo, o (prefeito de São Paulo Gilberto) Kassab e (o secretário estadual de Educação) Paulo Renato”, afirmou.

“Nós deixamos para trabalhar a questão da transição (do governo de São Paulo) encerradas as urnas no dia 31 de outubro. Até o dia 31 vamos nos dedicar a ajudar o Serra nesse segundo turno. Eu vejo que as possibilidades do Serra crescer mais, de agregar mais apoios é maior”, disse.

Alckmin defendeu a participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na campanha do segundo turno e sua capacidade de articulação com o PV da senadora Marina Silva. “A participação dele pessoal, indo ao anúncio de lideranças do PV (na segunda-feira passada), foi muito importante. Ele tem um compromisso com o desenvolvimento sustentável, tem laços pessoais com muita gente do PV, com a própria candidata Marina Silva.”

O governador eleito acredita ainda na possibilidade de transferência de votos do PV para o PSDB. “A candidata Marina teve quase 20% dos votos e entendo que esse eleitor é mais próximo do PSDB. Há uma afinidade maior, tanto que aqui em São Paulo o Fábio Feldmann já declarou apoio ao Serra, assim como o deputado do Rio, Fernando Gabeira.”

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